Resumos de Comunicações

A realidade aumentada em contexto educativo e inclusivo

Fernando Machado (Agrupamento de Escolas Pinheiro e Rosa)

Serão sumariamente apresentadas formas de exploração da Realidade Aumentada, com recurso a dispositivos móveis, numa vertente educativa inclusiva, ou seja, prioritariamente dirigida a alunos com Necessidades Educativas Especiais em contexto escolar.

Será feita uma pequena abordagem da possível utilização de recursos em Realidade Aumentada em contexto escolar, numa perspetiva inclusiva mais funcional (situações práticas de um aluno) ou num plano mais lúdico e recreativo (modelos virtuais em 3D).


“TRIUNFO”: Um jogo de tabuleiro com robôs

Bruna Carmo; Emanuel Afonso; Mário Saleiro; Nísia Gomes (Câmara Municipal de Vila Real de Santo António; Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade do Algarve)

Com uma temática sobre ilhas abandonadas, piratas e sereias, este jogo depende muito mais do que da sorte. Contrariamente a muitos outros, aqui, cada jogador assume uma personagem com a qual vai conquistando territórios com o objetivo de ganhar trunfos. Assim, só o jogador com mais poder pode dirigir-se ao centro da ilha e tentar vencer esta aventura. Uma particularidade bastante interessante sobre «Triunfo» é o facto de os jogadores terem controlo sobre quase tudo o que acontece no jogo. O facto de se poderem deslocar em direções à escolha, de poderem escolher os territórios que querem conquistar, de optarem por entrar num duelo ou retirar uma carta da sorte envolve a chamada estratégia de jogo, fazendo com que não existam duas partidas iguais.

Numa fase de testes, foi organizada uma experiência de ensino que contou com duas turmas do ensino básico, uma do 3.º ano e outra do 4.º ano de escolaridade, do Colégio Cesário Verde, em parceria com a empresa Artica.Cc – Lisboa, tendo esta pesquisa contado com 36 alunos, com idades compreendidas entre os 8 e os 10 anos. Durante esta experiência, as tarefas foram propostas a todos os participantes, com o intuito de testar a sua complexidade. Assim, optou-se por utilizar a robótica educativa como ferramenta articulada ao jogo, em vez do tabuleiro de mesa, em articulação com 5 tarefas de orientação espacial (movimentação dos robôs sobre uma malha quadriculada – tapete – semelhante ao tabuleiro), utilizando, no entanto, as mesmas mecânicas do jogo original. Os alunos jogaram em grupos de quatro a cinco elementos, onde dispuseram de, aproximadamente, uma hora e meia para resolver as tarefas. O objetivo foi programar um robô, recorrendo a um computador, fazendo-o deslocar sobre um tapete, onde se encontravam assinalados alguns cruzamentos com símbolos do jogo.


A plataforma online “Oficina de Matemática”

Bruna Carmo; Nísia Gomes (Câmara Municipal de Vila Real de Santo António)

Visando cultivar e desenvolver o gosto pela área curricular de matemática e o descobrir das relações e dos factos matemáticos, através do progresso da compreensão matemática e da resolução de problemas (ME, 2013), o projeto «Oficina de Matemática» propõe um conjunto de tarefas organizadas que pretendem facultar aos alunos a oportunidade de estes participarem frequentemente em variadas experiências que lhes possibilitem (i) desenvolver hábitos de pensamento matemático, (ii) ser estimulados a explorar, a fazer tentativas e a errar, (iii) a formular conjeturas simples, a testá-las e a construir argumentos sobre a sua validade e (iv) a questionar, discutindo o seu próprio raciocínio (NCTM, 1991). Assim, a Oficina de Matemática foi concebida de modo a estabelecer ligações entre a matemática e o mundo quotidiano, recorrendo à resolução de problemas como uma estratégia facilitadora de múltiplas potencialidades, tal como é sugerido no Programa e Metas Curriculares do Ensino Básico para a Matemática (ME, 2013).

Assim, a plataforma oficinadematematica.weebly.com surgiu da necessidade de partilhar com a comunidade educativa o trabalho realizado com os alunos ao longo do ano letivo de 2013/2014. Neste espaço, os visitantes podem encontrar informações sobre os objetivos da Oficina da Matemática para cada ciclo de ensino, descrições fundamentadas com fotografias e documentos (tais como fichas de trabalho, apresentações e vídeos) das sessões, sugestões de outras atividades e de outros recursos, uma secção com histórias e testemunhos de educadores e professores sobre as suas práticas com as crianças, o trabalho realizado no projeto de empreendedorismo «Ensinar a Pescar», entre outros assuntos.

 

REFERÊNCIAS

Ministério da Educação (2013). Programa e Metas Curriculares para o Ensino Básico. Lisboa: Ministério da Educação.

NCTM (1991). Normas para o currículo e a avaliação em Matemática escolar. Lisboa: Associação de Professores de Matemática e Instituto Internacional de Educação.


Construção de um site e recursos para o quadro interativo

Luís Amaral (Agrupamento de Escolas de Saboia – Odemira)

No âmbito do curso “As Ferramentas web 2.0”, promovido pela Educom, foi-me proposto a realização de um trabalho sobre a temática “As Ferramentas web 2.0”. Assim o tema selecionado foi os problemas ambientais (tema da disciplina de Geografia).

As finalidades essenciais deste trabalho são os alunos comentarem 4 suportes informáticos (vídeo, frase, notícia e imagem) presentes num site realizado por mim (através do Google Site) e responderem a um questionário realizado no Google Drive.

O projeto desenvolvido no curso foi aplicado no Agrupamento de Escolas de Saboia, numa turma de 9.º ano (9.º A), constituída por 17 alunos (10 raparigas e 7 rapazes). Relativamente os conteúdos programáticos, estes centram-se no tema Ambiente e Sociedade (Unidade Alterações do ambiente global). Com este tema, os alunos devem realizar diversas tarefas: comentar uma imagem, um vídeo, uma frase e uma notícia, através do Google Sites. Esta atividade visa desenvolver e avaliar competências ao nível da Geografia e das TIC.

Estas atividades enquadram-se numa perspetiva humanista e democrática que percebe o sujeito e as suas singularidades, tendo como objetivos, o desenvolvimento, a satisfação pessoal e a inserção ativa dos indivíduos. Estas ferramentas Google Sites e Google Drive permitiram visar amplos objetivos promotores de interação e construção de conhecimento, gerando assim uma nova cultura de aprendizagem.


Windows Multipoint Server em contextos educativos

Carla Assis (Agrupamento de Escolas Tomás Cabreira)

O MultiPoint Server permite ligar várias estações locais a um único computador. Em seguida, vários utilizadores podem partilhar esse computador em simultâneo. As estações podem ser ligadas ao computador com o MultiPoint Server diretamente através da rede de área local (LAN).

O Gestor do MultiPoint, permite que os administradores do sistema usem o servidor para fins de visibilidade e controlo de várias estações clientes. Por exemplo, é possível:

  1. Gerir uma sala de aula ou ambiente mais pequeno em grupos de trabalho, como por exemplo a Biblioteca.
  2. Instalar um programa uma vez e, em seguida, aceder ao mesmo a partir de qualquer estação.
  3. Conceder a cada utilizador uma experiência informática pessoal e pastas privadas, sem precisar de um computador individual para cada pessoa.
  4. Controlar a visualização da atividade do ambiente de trabalho de cada estação.
  5. Bloquear os ecrãs com uma mensagem personalizável, para atrair a atenção do grupo.
  6. Limitar o acesso do grupo a um certo número de Web sites.
  7. Projetar o seu próprio ecrã noutros ecrãs para exemplificar uma determinada tarefa.
  8. Assumir o controlo dos clientes.
  9. Estabelecer comunicação em tempo real de modo a orientar o trabalho dos utilizadores nas estações.

Entre as vantagens da utilização deste sistema destacam-se:

  • Reduzir o custo ao nível da manutenção dos equipamentos.
  • Reaproveitar os equipamentos obsoletos.
  • Permitir que dois utilizadores colaborem em conjunto, lado a lado, num projeto.
  • Permitir a um professor demonstrar um procedimento numa estação enquanto o aluno o acompanha na outra estação.

 

Para uma aula mais controlada e orientada este sistema é simples e de fácil utilização/implementação.


Utilização das TIC na aprendizagem significativa e humanista da história: O caso da 1ª Guerra Mundial

Maria Manuela Lúcio (Agrupamento de Escolas Professora Paula Nogueira)

No universo da internet existem inúmeros recursos de imagem disponibilizados livremente tais como fotografias, documentários, filmes, visitas virtuais a museus os quais podem ser utilizados como recursos educativos relevantes para a aprendizagem significativa e humanista da História. Quanto à 1ª Guerra Mundial, e dada a circunstância de se assinalar o seu primeiro centenário, pode ser encontrada uma multiplicidade dos referidos materiais, os quais podem ser utilizados com muita propriedade e vantagem em contexto-aula e em trabalho individual/grupo. A utilização destes recursos potencia quer o conhecimento objetivo de causas, processos e consequências da 1ª Grande Guerra quer a consciência do sofrimento a esta inerente. Para este efeito, revela-se com muito interesse a pesquisa e seleção individual ou em grupo de imagens das múltiplas dimensões do conflito, as quais devem ser partilhadas e comentadas em contexto-aula e igualmente em posterior trabalho individual em locais como o Google Drive ou a plataforma Moodle, na qual podem ser integradas outras atividades como fóruns. Contudo, a análise deste tipo de recursos convirá ser sublinhada enquanto testemunhos produzidos com diversas intencionalidades (perspetiva crítica de análise), de sacrifício e sofrimento de pessoas reais, contrariando alguma insensibilidade a imagens de violência, tão vulgarizadas no quotidiano. Estes testemunhos visuais poderão ser complementados com outros tais como histórias pessoais reveladoras da influência e transformações que este conflito originou nas vidas de militares e civis, entre outros, de modo a perspetivar a aprendizagem de realidades históricas na sua complexidade e diversidade, com a utilização criativa e criteriosa das TIC, favorecendo a formação de cidadãos conscientes dos valores da vida humana, da tolerância e da paz.

 

REFERÊNCIAS

Lúcio, M. M. J. R. L. (1997). Contributos para o Estudo do Insucesso Escolar na Adolescência. Tese de Mestrado, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra.

Lúcio, M. M. J. R. L. (2013). Aplicação das Tecnologias de Informação e Comunicação na Promoção da Eficácia da Comunicação em Contexto Educativo, TIC@Portugal 2013, 5-6 julho, Faro.


School radio 4 learning

Ruth Gomes; Assunção Furtado (Agrupamento de Escolas Júlio Dantas)

Alguns alunos têm dificuldades na escrita.

Alguns são disléxicos. Outros têm outra língua materna. Por vezes estão simplesmente aborrecidos com os tradicionais métodos de ensino.

Está provado que incentivar os alunos a usar a rádio escolar lhes dá mais entusiasmo para usar a linguagem de um modo que lhes permite reforçar a autoconfiança a as suas capacidades – o que leva a uma melhoria significativa em diversas áreas da literacia.

As regiões de Southwark (Londres) e o Algarve (com a coordenação da Direção Geral de Estabelecimentos Escolares – Direção de Serviços Região Algarve) uniram-se numa parceria Comenius Regio para desenvolver um projeto comum de difusão através de rádios escolares e partilhar boas práticas que algumas escolas experimentaram já ao usar a rádio com os seus alunos.

Num período de dois anos pretende-se:

  • Incorporar os conteúdos criados pelos alunos na sua aprendizagem;
  • Permitir que, através da rádio escolar, as escolas possam trabalhar de um modo mais eficaz e criativo os problemas de linguagem e literacia dos alunos;
  • Disseminar as técnicas necessárias a todos os professores.

Inicialmente todas as escolas serão equipadas com equipamento/software básico de rádio.

O segundo passo será a criação de uma plataforma criada na Internet que permitirá a partilha das experiências e práticas entre as duas regiões envolvidas no projeto.


Yearbook e a realidade aumentada

Hélia Covas; Miguel Rocha; Cidália Bicho (Colégio Internacional de Vilamoura)

Dispositivos móveis, como o telemóvel/smartphone ou o tablet, apresentam capacidades tecnológicas cada vez mais avançadas e robustas e fazem parte do dia a dia dos nossos alunos. Aproveitar o potencial destes aparelhos e transformá-los em ferramentas de aprendizagem é uma forma de envolvermos os alunos no processo educativo.

Nesta sessão pretende-se levar ao conhecimento dos participantes o funcionamento de uma  aplicação de realidade aumentada chamada Aurasma.

Aurasma é uma ferramenta digital gratuita desenvolvida pela HP Autonomy para os sistemas operativos iOS e Android e que permite que uma imagem estática ganhe movimento com a utilização de um tablet ou smartphone sobre ela.

A realidade aumentada tem inúmeras aplicações e nesta sessão será demonstrada a sua utilização na concepção do yearbook do Colégio Internacional de Vilamoura e de que forma torna possível valorizar o seu conteúdo visual, levando-o a uma nova dimensão.


Sala de aula colaborativa

David Costa (Agrupamento de Escolas de Montenegro/Escola EB de Marchil)

Computadores, telemóveis e mais recentemente os tablets; as plataformas digitais como o facebook, o twitter e o moodle; o armazenamento de informação na nuvem, a comunicação entre dispositivos e um sem número de ferramentas e de formas de organizar a informação têm vindo a invadir as nossas vidas. Se utilizadas corretamente e bem dominadas, facilitam o nosso trabalho, agilizam as tarefas e permitem-nos poupar tempo. Caso contrário, podem tornar-se num grande constrangimento e inclusive desmotivar quem quer ingressar neste mundo digital.

Nas nossas salas também se tem observado uma evolução das ferramentas de trabalho. Muitas salas têm computador, quadro interativo e ligação à internet via wireless. Praticamente todos os manuais têm versão digital e existem, na internet, um sem número de ferramentas que podem auxiliar a aprendizagem: Khan academy, sapo kids, Júnior. te, …

Estaremos nós a utilizar adequadamente as ferramentas que temos disponíveis? Estamos a ir ao encontro das necessidades dos nossos alunos, dos seus gostos e das suas expectativas? E que efeitos têm as nossas ações e a nossa forma de ensinar nas aprendizagens dos alunos?

A procura constante de respostas a estas e outras perguntas tem direcionado a minha forma de trabalhar e tem-me permitido descobrir outras formas de estar perante a educação, perante os meus alunos e os seus encarregados de educação e perante o ensino. Desde o momento de planificação do trabalho, à distribuição dessa planificação pelos alunos e encarregados de educação, passando pela distribuição e organização dos alunos na sala, pela utilização das ferramentas informáticas (quadro interativo, computador,…), pela utilização de algumas ferramentas disponíveis online e a criação de materiais digitais, todas estas estratégias têm influenciado de forma positiva o desempenho escolar dos alunos.


O eTwinning e o trabalho colaborativo entre escolas europeias

Isabel Monteiro (Agrupamento de Escolas Pinheiro e Rosa)

O eTwinning é uma Ação do Programa Erasmus Plus da União Europeia. Tem como objetivo principal criar redes de trabalho colaborativo entre as escolas europeias, através do desenvolvimento de projetos comuns, com recurso à Internet e às Tecnologias de Informação e Comunicação.

A ação eTwinning foi criada para dar às escolas a oportunidade de aprenderem umas com as outras, de partilhar pontos de vista e de fazer amigos. Pretende-se promover a consciência do modelo europeu de sociedade multilingue e multicultural.

Pode definir-se eTwinning como uma associação a longo prazo de no mínimo duas escolas de dois países europeus, que utiliza as TIC para desenvolver em conjunto uma atividade pedagógica relevante. Pode acontecer a vários níveis: um intercâmbio entre dois professores individualmente, entre duas equipas de professores ou de áreas departamentais, dois bibliotecários ou dois coordenadores. A visão eTwinning prevê associações educativas em que os diferentes atores educativos (professores, órgãos diretivos e alunos) se comprometem numa atividade a múltiplos níveis. O objetivo é que as escolas geminadas interajam por um determinado período de tempo. Poder-se-á chegar a trabalhar uma gama ampla de disciplinas e temas do currículo. É, portanto, um trabalho que implica um forte compromisso das e entre as partes envolvidas.

O projeto não deve estar centrado apenas nos aspetos tecnológicos. O uso das TIC no contexto desta ação deve ser entendido como uma ferramenta facilitadora da comunicação e da construção de produtos. No entanto, o uso das TIC pode e deve dar o seu contributo para uma mudança na organização e nos métodos pedagógicos.


Prezi e Moodle: Contributos/dinâmicas em contextos educativos

Cátia Monteiro (Agrupamento de Escolas D. Afonso III)

Ciente da mais valia que estas ferramentas podem trazer à melhoria do ato educativo, propus-me implementar as mesmas em contexto de sala de aula, em trabalhos de grupo a realizar com os meus alunos, no âmbito da oficina de formação intitulada “As TIC no Ensino e as TIC na Aprendizagem”.

Foi desde logo criada uma dinâmica geradora de conhecimentos ao nível da reflexão acerca das vantagens destas ferramentas. Entendo que estas ferramentas podem dar o seu contributo para o enriquecimento do ensino/aprendizagem, promover a criatividade, favorecer o trabalho em equipa e promover dinâmicas mais inovadoras e motivadoras e uma maior envolvência por parte dos alunos.

Com o intuito de estabelecer um diálogo permanente com os alunos, foram, desde logo, fornecidas todas as indicações do que os alunos teriam que fazer através de uma webquest.

Tal como referi, os procedimentos foram transmitidos ao grupo e todos os passos foram acompanhados: criação de uma conta de e-mail, através desta conta criamos as contas nos Prezi para cada grupo de trabalho. Posteriormente, foram também por mim auxiliados na inscrição na disciplina de Português no Moodle da Escola para posterior submissão dos seus trabalhos.

Todo o processo de elaboração dos trabalhos em grupo foi orientado/supervisionado uma vez que os grupos não possuíam conhecimentos acerca da utilização destas ferramentas Web 2.0. Apesar desta limitação, os grupos demonstraram grande interesse e curiosidade em saber explorá-las e trabalhar com elas.

À medida que o processo ia avançando, os grupos demonstravam cada vez mais interesse em dominar estas ferramentas, diversificando cada vez mais as experiências que podiam realizar a partir da sua utilização.

A envolvência dos grupos na realização das tarefas, bem como os conhecimentos que vieram a demonstrar permite-me concluir que de facto estas ferramentas quando utilizadas de forma adequada podem contribuir para o enriquecimento do ato educativo.


O Moodle como estratégia de comunicação

João Carlos Rocha Catarino (Agrupamento de Escolas Pinheiro e Rosa)

Objetivos que levaram à utilização desta tecnologia

A utilização da plataforma MOODLE nas escolas portuguesas é já uma realidade. Trata-se de uma ferramenta que nos proporciona um ambiente virtual de trabalho com todas as vantagens de aumento de produtividade que daí advêm.

Com o aparecimento de agrupamentos com cada vez mais e mais escolas, surgiram novas necessidades de comunicação e interação entre docentes quer a nível horizontal, quer a nível vertical.

O Moodle pode dar um contributo na área administrativa para aproximar estas realidades e ajudar criar uma nova cultura de escola.

Contexto de utilização

O recurso a uma disciplina chamada, por exemplo, “Sala de Professores” pode colocar ao dispor de todo o corpo docente do agrupamento um ou mais fóruns para divulgação e comentário dos mais variados tópicos. Nesta disciplina podemos também disponibilizar minutas de documentos, legislação, pedidos de suporte informático, entre outros.

A comunicação entre os elementos da direção e os restantes docentes é, na maioria dos casos feita por e-mail. Da minha experiência resulta a recepção de um alargado número de e-mails diários que alternam entre assuntos de grande importância e outros de importância rigorosamente nenhuma. Essa informação poderia estar devidamente organizada por fóruns temáticos criando ao mesmo tempo um repositório de informação. O facto de podermos responder a cada post representa mais uma vantagem podendo-se assim, colocar dúvidas ou fazer sugestões.

Ao nível dos departamentos curriculares e conselhos de diretores de turma, a criação de uma disciplina, apresenta as naturais vantagens de ter um fórum para assuntos correntes mas também a possibilidade de, por esta via, publicar convocatórias bem como discutir e arquivar atas. Documentação formal como regimento interno, metas de aprendizagem, critérios de avaliação, minutas de documentos, entre outros, podem ficar aqui disponíveis para os docentes inscritos em cada disciplina.

Em agrupamentos com grande dispersão ou com elevado número de escolas, a coordenação de escola pode também tirar proveito da plataforma. Relembro, no caso do 1º ciclo, a quantidade de documentos mensais que é preciso fazer chegar à sede (mapas do leite, bolachas, avaliação de refeições, relações de necessidades, AECs, CAF, entre outros) que assim podem de forma simples ser carregadas em pastas por assunto e por escola.

Áreas como as bibliotecas escolares, equipas de trabalho e projetos podem também beneficiar das vantagens acima referidas.

Nota final

Trata-se, afinal, de criar um conjunto de espaços, i.e., disciplinas, em que os docentes envolvidos façam divulgação de informação, partilha e repositório de documentos de forma dinâmica e participada.


Literacia fílmica – primeiros passos

Elisete Duarte dos Santos (Agrupamento de Escolas Professor Paula Nogueira)

Descrição do contexto educativo

As bibliotecas Paula Nogueira desenvolvem um trabalho para um Universo de cerca de 2200 alunos, duas escolas básicas de 2º e 3º ciclo, 6 escolas básicas do 1º ciclo e 4 jardins-de-infância. Possui escolas em contexto rural e urbano.

As bibliotecas desenvolvem diversas atividades sempre promovendo a leitura, o desenvolvimento de várias literacias, tendo em linha de conta o apoio aos currículos, sempre em articulação com as várias entidades locais, gerindo da melhor forma os recursos disponíveis (humanos e materiais).

O projeto SOBE foi lançado para todos os alunos do pré-escolar e 1º ciclo. Tendo em consideração o contexto em que se inserem os vários estabelecimentos de ensino e as diversas realidades, verificou-se ser possível desenvolver este projeto numa escola do Agrupamento que se localiza em contexto rural.

Desta forma, foi apresentado aos docentes titulares de turma deste estabelecimento de ensino o projeto e proposto a uma das turmas a realização de diversas atividades neste tema “Saúde Oral”. Assim, foram dinamizadas pelas professoras bibliotecárias diversas atividades junto desta turma, nomeadamente:

  • Hora do conto
  • Trabalhados conteúdos – Higiene Oral
  • Exploração de personagens e cenários
  • Elaboração de um guião de trabalho com os alunos
  • Construção de fantoches e cenários (Material: cartão)
  • Gravação dos diálogos das personagens (Material: gravados áudio; Editor: Audacity)
  • Realização das filmagens (material: câmara de filmar)
  • Edição do filme (Editor: Premiere)

Objetivos:

  • Desenvolvimento da Literacia Fílmica
  • Autoscopia na leitura
  • Produção e disponibilização de materiais
  • Promoção da leitura e do livro
  • Sensibilização Lúdica para um tema
  • Potencialização dos recursos disponibilizados

 As TIC no Ensino da História

Nélia Pereira (Agrupamento de Escolas Professor Paula Nogueira)

A Experiência de Aprendizagem que se pretende partilhar, foi aplicada na disciplina de História, na turma B, do 9.º ano, na Escola D. Afonso III, em Faro. Uma turma composta por 27 alunos, heterogénea nos seus desempenhos, interesses e motivações, contudo, bastante receptiva às novas tecnologias e ao trabalho colaborativo. A sua implementação teve como objectivo explorar a temática, “ A 2.ª Guerra Mundial e o Holocausto “, com recurso às TIC, quer através de ferramentas tecnológicas, traduzidas nos trabalhos realizados pelos alunos, em grupo/pares, ou grupo/três elementos,  em PowerPoint e em Prezi, como dos recursos disponibilizados aos mesmos, por via da criação em,  sites.google.pt  do site “ Holocausto “ e respectivas webquests temáticas, as quais se traduziram em orientações precisas e concretas, na construção dos trabalhos propostos, quer ao nível da sua forma, como do seu conteúdo.

A referida experiência foi formalizada na construção de um Plano de Trabalho, o qual fora apresentado na Oficina de Formação, “ As TIC no Ensino e as TIC na Aprendizagem”, e nele se apresentam Competências, Conteúdos, Indicadores e Experiências de Aprendizagem,  bem como  Atividades e Recursos dirigidos à exploração da temática supracitada, em forma de permanentes desafios que se querem superar.

Uma pedagogia que se revelou dinâmica, proactiva, promotora do ensino pela descoberta, iniciativa, autonomia e responsabilidade, conducente das   “aprendizagens significativas “, para as quais sempre concorrem a motivação e o interesse dos alunos.


Tecnologias 3D nas TIC: Projeto 3D Alpha

Artur Manuel Coelho (Agrupamento de Escolas Venda do Pinheiro)

O projeto 3D Alpha explora a utilização de tecnologias 3D e multimédia no contexto do ensino Básico. Foca-se na interdisciplinaridade entre áreas curriculares científicas, artísticas e tecnológicas. Parte de uma estrutura modular de abordagem às aplicações utilizadas que é adaptável às necessidades dos alunos e docentes participantes. Tem como objetivos estimular  a aquisição e progressivo domínio das competências de informação, desenvolver aprendizagens no domínio das TIC, integradas no currículo e utilizadas como meio de expressão criativa. É desenvolvido no Agrupamento de Escolas Venda do Pinheiro.

A abordagem é feita através da exploração de software de modelação/animação 3D e dos interesses expressos pelos alunos. Estes são incentivados a construir em grupo projetos multimédia recorrendo ao software que mais lhes desperta o interesse, ou combinando diferentes aplicações para um objetivo de trabalho. Têm sido criados neste âmbito modelações arquitectónicas em 3D, mundos virtuais livres, espaços virtuais interativos em Minecraft, pequenos vídeos de animação 3D ou modelos tridimensionais em realidade virtual não imersiva.

A abordagem pedagógica abrange utilizar as TIC explorando o seu potencial como ferramenta criativa; interligar conhecimentos adquiridos noutras áreas curriculares na elaboração de projetos; estimular nas crianças e jovens o papel de produtores autónomos de conteúdos, colocando-lhe nas mãos ferramentas de expressão digital que os consciencializem acerca das técnicas e fluxos de trabalho que estão por detrás dos produtos que consomem na cultura mediática que os rodeia; e estimular a expressão criativa utilizando meios digitais.


Que farei com este tablet?

Gonçalo Simões (Agrupamento de Escolas dos Olivais)

Começamos por assumir que um bom uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) pode proporcionar mais valias consideráveis no processo de ensino e aprendizagem. Além disso, a evolução que tem verificado no sentido da crescente utilização de dispositivos móveis (smartphones, ipads e tablets), ao proporcionar novas potencialidades, despoleta também novos desafios. Apesar disso, a utilização das TIC pelos professores constitui ainda, de um modo geral, um grande desafio, e, nalguns casos, uma séria ameaça.

A comunicação procura dar conta do modo como foi experienciada, por alunos e professores, no corrente ano letivo, numa escola secundária de Lisboa, a utilização de tablets em duas turmas do 10º ano do ensino secundário. A iniciativa, que se enquadra no âmbito da utilização das tecnologias no sistema nacional de Edulabs, foi do consórcio E-Xample e das suas associadas LeYa e JP Sá Couto.

O projeto, que se perspetiva ao longo dos três anos do ensino secundário, teve um início tardio (os tablets só foram distribuídos no final de janeiro), e debateu-se com vicissitudes diversas que condicionaram não só o seu ritmo como o seu impacto. A comunicação procurará sistematizar alguns dos pontos fracos e dos pontos fortes de que esta experiência se revestiu, assim como perspetivar algumas linhas de orientação futura.


TIG na BE: Tecnologias de informação geográfica na biblioteca escolar

Sandra Mendes (Escola Básica e Secundária da Bemposta)

Como professora bibliotecária e professora de Geografia, tenho desenvolvido várias atividades de articulação entre a disciplina e a BE, que têm permitido a rentabilização e valorização dos recursos existentes.

No âmbito do Mestrado que estou a frequentar desenvolvi um projeto de implementação de um programa de apoio da BE à disciplina de Geografia, a concretizar no próximo ano letivo. Esta proposta surge com a introdução nas Metas de Aprendizagem da disciplina de conteúdos relacionados com as TIG que surgem como outras estratégias a implementar: visam dar oportunidade aos alunos de realizarem atividades que lhes permitam saber pensar o espaço e serem capazes de atuar no meio em que vivem. Embora estes conteúdos sejam facultativos, a concretização da sua lecionação seria do maior interesse, mas o facto de necessitar de maior preparação, de outro espaço para além da sala de aula e de recursos/equipamentos específicos poderá ser facilitada pelo trabalho conjunto com a BE.

Esta parceria permitirá que a BE dinamize os recursos tecnológicos da escola. De acordo com a avaliação do Programa da RBE realizada em 2009, um dos desafios assenta no apoio às TIC, com um “incentivo às BE a constituírem-se, cada vez mais, em plataformas de articulação, no processo educativo, entre a leitura, as aprendizagens curriculares, as TIC e a literacia da informação (Costa, 2010, p. 143).

“Teacher librarians in school libraries of the future […] work with teachers to ensure that students can use information effectively for knowledge production. This can be achieved through the development of learning designs that integrate thinking-based outcomes with learning tools and techno-social structures to enable deep learning” (Hay, Todd, 2010, p. 21).

REFERÊNCIAS

Costa, A. F. (coord.)  (2010). Avaliação do Programa RBE. Lisboa: RBE – ME. Retirado de  http://www.rbe.min-edu.pt/np4/file/31/978_972_742_3194.pdf.

Hay, L.; Todd, R. (2010). School libraries 21C. NSW DET. Retirado de http://www.curriculumsupport.education.nsw.gov.au/schoollibraries/assets/pdf/21c_report.pdf.


Em bibliotecas escolares de Sintra, tablets ajudam a aprender

Isabel Mendinhos (Rede de Bibliotecas Escolares)

A utilização de dispositivos móveis para a aprendizagem está na ordem do dia e tem as vantagens que todos lhe reconhecem, nomeadamente conduzir os alunos a aprender, a criar produtos mediáticos, a comunicar e partilhar conhecimento de forma responsável.

No entanto em Portugal ainda são poucas as experiências realizadas, pelo que é importante que delas se dê conta e se tirem as necessárias ilações.

No concelho de Sintra, foram as bibliotecas escolares a tomar a iniciativa, apresentando à Rede de Bibliotecas Escolares dois projetos que previam o  recurso a tablets para várias finalidades, todas elas ligadas à aprendizagem.  Esses projetos foram submetidos a uma candidatura da RBE, denominada Ideias com Mérito, que distingue práticas de excelência.
Tendo a RBE plena consciência de que as bibliotecas escolares devem dar resposta às necessidades do século em que vivemos, os referidos projetos receberam a distinção de mérito e foram financiados em dois momentos, dependendo o segundo dos resultados do primeiro ano de implementação.

São estas boas práticas que, por terem muitos aspetos comuns, gostaria de partilhar, na qualidade de Coordenadora Interconcelhia das bibliotecas escolares do concelho de Sintra, tendo portanto um conhecimento muito próximo do trabalho realizado nas três escolas em causa: EB23 Professor Galopim de Carvalho, e, Queluz, EB23 Padre Alberto Neto, em Rio de Mouro (Projeto “Sintra e-conteúdos: ecrãs que motivam) e EBS Gama Barros, no Cacém (Projeto “Tablet de Chocolate”). Têm sido muitos os produtos mediáticos elaborados: ebooks, flipcards, vídeos, galerias fotográficas, audiolivros. O número de turmas contempladas pelo projeto tem vindo a aumentar de ano para ano. A avaliação tem sido muito positiva, tanto por parte das turmas, como dos professores. Regista-se um grande aumento da motivação dos alunos e da qualidade das aprendizagens.


“Do meu sofá verde vejo a escola”: Impactos da TeleAula num projeto de vida

David Varela1; Rui Fernandes2; Susana Tavares(www.cantic.org.pt ; 1 Associação Vem Vencer; 2 CANTIC)

O projecto TeleAula surgiu em 1998, no CANTIC, como resposta educativa a alunos que, por motivo de doença, estão impedidos de frequentar presencialmente a escola. Em 1999, o projeto passou a contemplar alunos internados em hospitais da região de Lisboa.

Atendendo à diversidade de cenários e necessidades, desenhámos três modelos pedagógicos de suporte: modelo centrado na sala de aula, modelo centrado nas dinâmicas de escola e modelo misto (Cordeiro, 2005). Atualmente, a utilização de tecnologias como ferramentas de comunicação síncrona já não é dispendiosa pelo que a relação entre o domicílio e a escola pode ser potenciada e alargada para dar resposta a novas necessidades.

Acreditando que a partilha de boas práticas potencia novas reflexões e pode promover o nascimento de outras dinâmicas, convidámos o David Varela, um aluno que realizou a maior parte do seu percurso escolar com recurso à TeleAula, tendo-se tornado o primeiro aluno em Portugal a concluir o ensino superior utilizando um sistema de videoconferência. Nesta apresentação falaremos da história da TeleAula, das formas de funcionamento e de alguns dos alunos que marcaram estes dezasseis anos. No final, o David falará sobre o seu percurso e como, do seu sofá, conseguiu licenciar-se em Sociologia.

 

REFERÊNCIA

Cordeiro, E. (2005). TeleAula: Um recurso educativo para alunos que não podem ir à escola. Diversidades, 7, pp. 10-16.


Let’s animate!Criatividade e inclusão num projeto eTwinning

Betina Santos; Sónia Bártolo; Susana Tavares (http://etwla.blogspot.pt ; Agrupamento de Escolas de Montemor-o-Novo, Agrupamento de Escolas de Alcabideche, CANTIC – CRTIC Lisboa/Amadora)

O presente artigo pretende dar a conhecer o projeto eTwinning Let’s Animate! o qual pretendeu aliar criatividade, colaboração e utilização das tecnologias de informação e comunicação (TIC).

O projeto Let’s Animate desenvolveu-se entre janeiro e junho de 2014 e integrou cerca de 100 alunos dos 6 aos 18 anos oriundos de 5 países europeus: Alemanha, Estónia, Portugal, Roménia e Turquia. A maioria dos alunos pertence ao ensino básico, mas uma das turmas pertence a uma escola de hospital do Centro de Medicina e Reabilitação de Alcoitão, daí ter alunos mais velhos. Foram trabalhadas capacidades ao nível das seguintes áreas: línguas (materna e inglesa), expressão plástica, animação de imagens e colaboração.

Relativamente à utilização das TIC, foram utilizadas ferramentas on-line, como por exemplo, Google Drive onde foi escrita a história colaborativa, Blogger, para organização do blogue do projeto, e Movie Maker do Office ou Lego Movie Maker para animação de imagens.

As diferentes etapas do projeto e respetivos produtos foram registadas num blogue organizado para o efeito que pode ser consultado no endereço: http://etwla.blogspot.pt.

As equipas envolvidas realizaram produtos muito interessantes, dos quais destacamos os objetos construídos com o material reciclável. Os alunos viveram intensamente o projeto, tendo o mesmo contribuído para um maior conhecimento da Europa, uma crescente consciência ecológica e para melhorar a sua capacidade de trabalhar em equipa e de aprender a usar ferramentas TIC.

Os pontos mais gratificantes e significativos do projeto foram a motivação dos alunos e a dinâmica de interação entre todos apesar da distância e das diferenças de situações e de contextos e graças ao uso das TIC.


6 Passos com TIC para @prender

Maria Helena Felizardo (http://6passoscomticparaaprender.pbworks.com;

Agrupamento de Escolas Rainha Santa Isabel)

 O projeto 6 passos com TIC para @prender é uma iniciativa em curso, da responsabilidade da biblioteca escolar, impulsionado pelo apoio ao abrigo de uma recente candidatura a Ideias com Mérito da RBE.

Tendo em conta que, hoje em dia, na escola, não é tanto o problema de acesso à informação que se coloca, mas sim a quantidade de informação disponível, é sobre este último problema que centrámos o nosso Projeto. A prioridade incide sobre a literacia informacional, mas também sobre a indispensável aquisição de competências digitais dos alunos, no sentido de os preparar para um mundo globalizado em acelerado desenvolvimento tecnológico.

O que pretendemos partilhar neste evento, é uma experiência piloto realizada com uma turma de 5º ano, em articulação com História e Geografia de Portugal, através da planificação conjunta da professora bibliotecária e da professora da disciplina, no âmbito de um tema do programa.

Esta iniciativa insere-se numa estratégia mais alargada de desenvolvimento das literacias, iniciada há dois anos, com a elaboração de um Modelo de Pesquisa e de um Quadro de Referência de Competências Transversais, construído a partir da articulação de dois documentos de referência: As Metas de Aprendizagem TIC, no contexto das metas de aprendizagem da DGIDC (2010), que apresentam as competências digitais de uma forma transdisciplinar ao currículo, e o Referencial Aprender com a Biblioteca Escolar, que define as capacidades a adquirir ao longo do percurso escolar, ao nível das literacias da leitura, dos média e da informação.

Apesar dos constrangimentos, desenvolver um projeto no âmbito das literacias da informação e digital, através da planificação conjunta e do trabalho colaborativo constituiu enorme um desafio, transformando-se numa estratégia de formação para as docentes envolvidas.


Usar as TIC para aprender a pensar: Será isto uma boa prática?

Simão Elias Lomba (http://goo.gl/5fvz7z ; Agrupamento de Escolas de Caneças)

Partindo de uma reflexão sobre o que é uma boa-prática em educação e sobre a essência da educação, apresentarão-se algumas práticas de um professor nas aulas de TIC entre 2004 e 2009 que pretendiam aliar o ensino das TIC a competências transversais encaradas como essenciais na sociedade atual, numa perspetiva de trabalho colaborativo. As práticas referidas estão documentadas em sítios da Internet que foram sendo criadas para apoiar o trabalho dos alunos. O trabalho desenvolvido não se limita ao ensino de técnicas de utilização das TIC ou à seleção das ferramentas mais atuais. Questiona as ferramentas e as técnicas usadas, mas também os métodos de ensino e a sua adequação ao que se pretende ensinar e a quem aprende. As questões relacionadas com: (a) informação, (b) liberdade de escolha, (c) decisão informada, (d) privacidade, e (e) segurança, não podem e não devem ser deixadas de fora no ensino das TIC. A experiência de ensino das TIC relatada neste trabalho centra-se sobre as competências de literacia de informação, questiona o tipo de programas informáticos a usar (programas livres versus programas proprietários) e discute bens comuns e bens privadas, direitos de autor e propriedade intelectual. As tecnologias da Web 2.0 tiveram um papel importante na prática aqui apresentada, designadamente blogues, wikis, barras cronológicas, mapas conceptuais e ferramentas de comunicação síncrona e assíncrona. Algumas das questões que se colocaram a este professor viriam a servir de motivação para uma investigação a nível de mestrado com continuidade num doutoramento.


“News report from 2064”: Língua inglesa com recurso ao iPad

Sílvia Couvaneiro; Neuza Pedro (Instituto de Educação da Universidade de Lisboa)

A unidade didática a apresentar foi concebida no âmbito do projeto de investigação iPad na aula de inglês. Esta consiste na leitura e exploração de um iBook – “Isaac Asimov & Someday” – criado pela estudante especificamente para o seu estudo. Nos momentos posteriores à leitura os alunos participaram em debates em aula e conceberam animações e vídeos que apresentaram à turma.

Esta unidade foi pensada para aplicar em aula com recurso a dispositivos iPad em número suficiente para permitir a leitura e o trabalho colaborativo, utilizando aplicações como iTunesU, iBooks, iMovie, entre outras. O estudo foi implementado com dois professores em duas turmas de 8º ano, nível IV de Inglês – Língua Estrangeira, sendo objetivos do estudo compreender se a articulação desta tecnologia e estratégias tem ou não impacto i) na motivação e envolvimento dos alunos, ii) no desenvolvimento da competência comunicativa, particularmente na produção oral e iii) na motivação dos professores para a integração das TIC nas suas práticas.

 

REFERÊNCIAS

International Reading Association (2009). New literacies and 21st-century technologies: A position statement of the International Reading Association. http://www.reading.org/Libraries/position-statements-and-resolutions/ ps1067_NewLiteracies21stCentury.pdf (Acessível em 31 de Janeiro de 2014).

Karsenti, T., & Fievez, A. (2013). The iPad in education: uses, benefits, and challenges – A survey of 6,057 students and 302 teachers in Quebec, Canada. Montreal, QC: CRIFPE.

Kwon, S., & Lee, J. E. (2010) Design principles of m-learning for ESL. Procedia – Social nd Behavioral Sciences, 2(2), 1884–1889.

UNESCO (2013). Policy Guidelines for Mobile Learning. http://unesdoc.unesco.org/images/0021/002196/219641e.pdf (Acessível em 31 de Janeiro de 2014).


As tecnologias de informação e comunicação no Projeto eTwinning “Animals around us” aplicado no 2º ciclo

Egídia Azevedo 1;  Micaela Patrício 1; Agnieszka Halicka 2;  Urszula Furmańska 2 e Żaneta Misiak 2;  Aneta Matúšková 3; Dovile Kazakauskiene 4; Ineta Bērziņa 5; Kristina Vatovec 6; Mariana Rotar 7; Marija Zubec 8; Sinisa Rezek 8; Mirjam Francetič 9; Oliwia Wojtukowicz 10; Theophanis Kapsomanis11 (1Agrupamento de Escolas D. Filipa de Lencastre, Portugal; 2 Zespół Szkół nr 2, Konstancin-Jeziorna, Polónia; 3 Základná škola Milana; Rastislava Štefánika Lučenec, Lučenec, Eslováquia; 4 Plokščiai school – multifunctional centre, Plokščiai, Lituânia; 5 Līgatnes novada vidusskola, Līgatne, Letónia; 6 Osnovna sola Pivka, Pivka, Eslovénia; 7 Scoala Gimnaziala “Alexandru Ioan Cuza, Baia Mare, Roménia; 8 Osnovna škola Žitnjak, Zagreb, Croácia; 9 Osnovna sola Pivka, Pivka, Eslovénia; 10DogaKoleji , Izmir, Turquia; 1123ο Δημοτικό Σχολείο Θεσσαλονίκης, Θεσσαλονίκη, Grécia)

O eTwinning é uma ação do programa Eramus Plus da União Europeia e visa a criação de redes de trabalho colaborativo entre as escolas europeias, através do desenvolvimento de projetos comuns com recurso à internet e às tecnologias de informação e comunicação.

O projeto eTwinning “animals around us” foi criado no presente ano letivo e aplicado em 10 escolas de países parceiros: Croácia, Eslovénia, Estónia, Eslováquia, Grécia, Lituânia, Letónia, Portugal, Polónia e Turquia, envolvendo 170 alunos da faixa etária 10-12 anos e quinze docentes.

Os objetivos do projeto delineados foram: fornecer aos alunos uma visão multidimensional do mundo animal, potenciar o desenvolvimento de saberes e competências promotoras de aprendizagens significativas; promover interligação entre ciência, tecnologia, sociedade e ambiente; incrementar o uso das novas tecnologias e informação e comunicação em diferentes contextos educativos e ainda dinamizar um espaço virtual exemplificativo das boas práticas pedagógicas, inovadoras, integradas nos currículos e alicerçadas em forte trabalho colaborativo entre a rede de escolas europeias parceiras de projeto.

Sendo este projeto amplo e de cariz multidisciplinar, a seleção de ferramentas digitais diversificadas, eficazes e apelativas foram cruciais para o sucesso das treze atividades realizadas. Entre as ferramentas digitais comuns usadas destaca-se a exploração do PowerPoint, Prezzi, Story jumper, Pizlr, Google docs, Zondle, que foram vitais na produção de apresentações, logótipos, dicionários, cartoons, puzzles, questionários e jogos interativos. Para os alunos as atividades executadas, representaram novos desafios, com diferentes graus de dificuldades, exigindo tomadas de decisão, criatividade, cooperação, empenho e autonomia. A divulgação das atividades foi ampla e operacionalizada através do portal twinspace, no blog externo criado e também nas exposições realizadas, abertas à comunidade educativa.

Este projeto deu um forte contributo para a construção de saberes, o desenvolvimento competências e atitudes, subjacentes à uma educação holística dos alunos, futuros cidadãos de uma Europa em mudança.


Uma experiência integrada entre TIC e português

Elsa Estrela; Luís Dentinho (Escola Secundária Jorge Peixinho)

 Este trabalho tem como objetivo apresentar as conclusões de uma parceira desenvolvida em dois momentos do ano letivo que agora terminou entre as disciplinas de TIC e Português. Assumimos a pertinência atual do esbatimento de fronteiras entre disciplinas, fortalecendo um currículo integrado, e a criação de um espaço de aprendizagem centrado no aluno que, pertencente à geração google, verá potenciadas competências relacionadas com a utilização e mobilização de ferramentas Web 2.0 (Moura e Carvalho, 2009). Assim, e entendendo o conhecimento como um conceito social que resulta de um vasto espectro de experiências a nível motor, cognitivo, social e cultural, propusemo-nos criar um espaço de aprendizagem que permitisse o desenvolvimento de competências ao nível da língua materna com base em tecnologias de informação e comunicação. Os alunos trabalharam de forma cooperativa com base em webquests e realizaram atividades de m-learning, bem como exercícios interativos com base em conhecimentos da língua materna, em simultâneo o aprofundamento de conhecimentos específicos no âmbito das tecnologias.

Segundo Figueiredo e seus colaboradores (2001), o desafio dos contextos reside em que, num mundo inundado de informação, aquilo a que prestamos atenção não são os conteúdos, mas sim os contextos. Em larga medida e, independentemente da importância dos conteúdos, são os contextos que oferecem estrutura. Ignorar este desafio equivale a perder qualquer oportunidade de levar a bom termo o recurso aos novos media ( p.76).

Diariamente, os alunos participam na realização de diferentes trabalhos, na partilha de informação entre colegas, na avaliação e, assim, como dizia João dos Santos (1991), vão construindo um projeto que é, também, uma forma de aprender a ser…

Este trabalho foi realizado em regime de codocência, durante um período de aulas definido no calendário escolar, em dois períodos distintos do ano letivo. Os resultados são bastante positivos, tendo em conta que o contexto criado permitiu um maior envolvimento e predisposição os alunos para aprendizagens em relação às quais sentem, por vezes, um grande afastamento. Por outro lado, as aprendizagens conseguidas são efetivas e congregam conhecimentos das duas disciplinas, o que demonstra a necessidade de diversificação de estratégias e metodologias de aprendizagem como resposta às necessidades dos alunos.

 

REFERÊNCIAS

Figueiredo, A., Carvalho, A., Morin, E., Delacôte, G., Silva, J., Pinheiro. J. D., et al. (2001). Novos media e nova aprendizagem. In Fundação Calouste Gulbenkian (Eds.), Novo conhecimento, nova aprendizagem (pp. 71-81). Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

Moura, Adelina; Carvalho, A.A. 2009. “Geração Móvel: um ambiente de aprendizagem suportado por tecnologias móveis para a “Geração Polegar.”, P. Dias, A. J. Osório (org.) Actas da VI Conferência Internacional de TIC na Educação Challenges 2009 / Desafios 2009, 2: 50 – 78.

Santos, J. (1991). Ensaios sobre educação I: A criança quem é?. Lisboa: Livros Horizonte.


Projeto ITEC: Um exemplo inovador da integração de tecnologias no currículo

Maria Dulce Pinto (Agrupamento de Escolas Anselmo de Andrade)

 O projeto iTEC (Innovative Technologies for an Engaging Classroom) é um projeto de âmbito europeu, desenvolvido de setembro de 2010 a agosto de 2014, e coordenado pela European Schoolnet.

São objetivos do projeto: (a) desenvolver cenários motivadores de ensino e de aprendizagem para a sala de aula do futuro; (b) validar estes cenários em pilotagens de larga escala; e, (c) alargar estas pilotagens a mais salas de aula (sustentabilidade).

Em Portugal, é a Equipa de Recursos e Tecnologias Educativas (ERTE), uma equipa multidisciplinar da Direção-Geral da Educação, que tem a seu cargo a coordenação pedagógica e técnica do projeto iTEC. No cumprimento dos objetivos do projeto, colaboram com a ERTE os nove Centros de Competência TIC bem como a Promethean, um dos parceiros da área tecnológica. O projeto desenvolve-se em ciclos consecutivos de pré-pilotagens e de pilotagens de concepção, implementação e avaliação de Cenários, Histórias e Atividades de Aprendizagem. Serão apresentados estes conceitos, introduzidos pela Universidade de Aalto, que suportam o desenvolvimento pedagógico e tecnológico de cada Ciclo de Pilotagem.

Serão referidos dois exemplos de boas práticas realizadas em turmas do 3.º ciclo do Ensino Básico assim como os resultados de avaliação do projeto, já obtidos pela coordenação europeia.

Os desafios colocados pelo Projeto – integração das tecnologias no currículo e a sua própria sustentabilidade -, constituem um repto não só à atuação continuada de todos quanto se têm vindo a envolver neste projeto nas escolas mas também a nível nacional na tomada de decisões políticas que possibilitem a introdução de metodologias inovadoras que promovam equitativamente mais e melhores aprendizagens.

 

REFERÊNCIA

Lewin, C.,  Ellis, W., Haldane, M.,  & McNicol, Sarah. (2013). Internal Deliverable 5.7. Evidence of the impact of  iTEC on learning and teaching. Retirado de http://itec.eun.org/c/document_library/get_file?uuid=456bbe19-0ddc-422b-9884-89eb034c2d99&groupId=10136


A utilização da plataforma 20 Escola Digital enquanto ferramenta de diferenciação pedagógica

Olívia Nascimento (Agrupamento de Escolas das Olaias)

 A criação de um Edulab – Laboratório de Tecnologias da Educação, em duas escolas do 1.º Ciclo do Agrupamento de Escolas das Olaias permitiu a utilização de várias ferramentas TIC, entre elas, a plataforma de ensino 20 Escola Digital da LeYa, proporcionando um ambiente virtual de aprendizagem e acesso a conteúdos digitais aos alunos das salas piloto do Edulab.

A plataforma disponibiliza os seguintes componentes:

  • Para Alunos – exploração dos Manuais Escolares Multimédia da LeYa, vídeos, animações 3D, jogos e ferramentas de apoio ao estudo. Apresenta tarefas e testes interativos que permitem ao aluno treinar, identificar as áreas a melhorar e aprofundar o seu estudo.
  • Para Professores – banco de recursos, manuais escolares multimédia da LeYa com objetos de aprendizagem totalmente articulados com o projeto escolar e ferramenta de planificação de aulas, permitindo ao professor preparar as suas aulas, atribuindo tarefas diferenciadas para os alunos.

A plataforma 20 Escola Digital da LeYa foi utilizada durante o ano letivo de 2013/2014 na turma do 2.º B, da E.B.1 Bairro do Armador, para gestão das aprendizagens dentro e fora da sala de aula, permitindo uma diferenciação pedagógica através da atribuição de tarefas previamente planeadas pela professora titular de turma.

Diariamente, os alunos tinham tempos específicos de trabalho individual no computador, realizando fichas de consolidação e atividades interativas relacionados com as dificuldades diagnosticadas pela professora.

A utilização do computador, como mediador das aprendizagens, através do apoio da plataforma, permitiu desenvolver competências de literacia digital e de autonomia nos alunos.


As TIC na divulgação e preservação do património geológico e paleontológico

Anabela Ramos; Emília Silva (Agrupamento de Escolas de Vialonga)

 iTEC 5º Ciclo

No âmbito do 5º ciclo de pilotagem iTEC, os alunos do 7ºD, da Escola EB 2,3 de Vialonga, com a cooperação das professoras de C.N. e E.V., construíram um guião científico digital, que explica de forma representativa, expressiva e criativa as investigações realizadas. Os alunos foram divididos em equipas, utilizaram o TeamUp na formação dessas equipas, e cumulativamente para realizar gravações das reflexões .

Os alunos construíram blogues de equipa, reportando a evolução da sua história de aprendizagem, que comportou duas visita de campo, registadas pelos alunos e expostas nos blogues. Com o Google Hearth os alunos construíram os percursos de interesse paleontológico e geológico na sua vila (Vialonga) realizando desta forma os guiões científicos digitais. Durante todo o projecto foi desenvolvido um site (http://aevitec5.weebly.com), que funcionou como elo agregador do projeto, disponibilizando o acesso a recursos de apoio e a todas as atividades desenvolvidas, apresentando um inquérito de avaliação do projecto. No final do ano lectivo a turma apresentou este projecto aos encarregados de educação e comunidade escolar, durante a inauguração de uma exposição com dos trabalhos realizados no âmbito do mesmo.

Pretendemos e fomentamos a divulgação| preservação do património Geológico e Paleontológico da vila de Vialonga.


Gestão de sala de aula e avaliação das aprendizagens através do Mythware E-learning Class

João Azevedo; Sandra Gonçalves (Agrupamento de Escolas das Olaias)

 A criação de um Edulab – Laboratório de Tecnologias da Educação, em duas escolas do 1.º Ciclo do Agrupamento de Escolas das Olaias permitiu a utilização de várias ferramentas TIC, entre elas, o Mythware E-learning Class que vem incluído nos computadores Magalhães.

O Mythware e-Learning Class é um software de colaboração e partilha que permite ao professor controlar todos os computadores Magalhães de uma sala de aula, sem ter de se deslocar ao pé dos alunos. Este programa permite criar questionários, visualizar os monitores dos alunos, desligar ou ativar os mesmos, iniciar ou terminar aplicações, fazer grupos de trabalho, enviar e receber ficheiros, comunicar através de um chat, ensinar em grupo, entre muitas outras funções.

As funcionalidades mais utilizadas foram:

  • Enviar ficheiros para os alunos (fichas, links da Internet, imagens, entre outros) e receber os trabalhos concluídos pelos mesmos;
  • Visualizar os monitores, controlar os computadores quando os alunos necessitavam de alguma ajuda e colocá-los em silêncio para fazer uma explicação para o grande grupo através do Quadro Interativo;
  • Mostrar o ecrã de um dos alunos ao resto da turma, para que este apresente o seu trabalho;
  • Fazer grupos de trabalho onde os alunos podiam comunicar por chat, discutindo pontos de vista e opiniões sobre o trabalho a realizar;
  • Testes interativos elaborados pelos professores para avaliação das aprendizagens, permitindo a correção e feedback imediato do professor.

Os testes interativos foram os mais utilizados, pois, não só permitiram criar pequenos testes para avaliar as aprendizagens dos alunos no momento, como também dar um feedback imediato ao aluno das respostas certas e erradas, dando ainda a possibilidade aos professores de guardarem esses resultados para futura análise dos resultados dos alunos.


Ser empreendedor. Como?

Maria Teresa Moura (Agrupamento de Escolas D. Filipa de Lencastre)

 Objetivos:

–       Participar no Concurso Europeu de vídeo MARLISCO

–       Planificar ideias inovadoras para sensibilizar sobre o lixo marinho e:

  • a biodiversidade
  • a saúde humana
  • os recursos
  • a sustentabilidade

–       Ser responsável

–       Pensar diferente

–       Ter uma atitude otimista e apaixonada nas soluções propostas para o problema em estudo

–       Agregar valor social

–       Utilizar as TIC no desenvolvimento da ação.

Metodologia:

Os alunos pesquisaram e criaram planos de ação. Participaram no Workshop de Vídeo, resultante da  parceria entre o Agrupamento de Escolas D. Filipa de Lencastre, a Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa e a Faculdade de Belas-Artes Universidade de Lisboa.

Foram abordadas e explorados os modos de captação de imagem e som, a iluminação, a montagem, os respetivos modos de edição vídeo (Premiere, iMovie 9.0.4) e exportação. Os alunos realizaram vídeos e o respetivos “making of”.

Resultados:

Primeiro lugar na categoria “Informação mais” Vídeo “TILL WHEN?

Sexto lugar na categoria II com o filme É HORA!

Conclusões:

Os alunos utilizaram as Tic de forma inovadora e tornaram-se agentes de mudança face à conservação ambiental através da produção de  vídeos que foram divulgados no Facebook e no Youtube com elevado número de visualizações e likes o que contribuiu para o prémio.

REFERÊNCIA

Concurso MARLISCO Portugal. Recuperado de http://www.marliscoportugal.org/


E-lab: Implementação de um curso online para alunos do ensino secundário

Sérgio Leal1,2, João Paulo Leal2,3 (1 Departamento de Química e Bioquímica, FCUL, Lisboa, Portugal; 2 Escola Secundária Padre António Vieira, Lisboa, Portugal; 3 Unidade de Ciências Químicas e Radiofarmacêuticas, Instituto Tecnológico Nuclear, Instituto Superior Técnico, Sacavém, Portugal)

A presente comunicação pretende analisar os resultados obtidos após a realização de um curso online e-lab (laboratório real controlado remotamente disponível em http://elab.ist.eu e de acesso gratuito) por cerca de 20 alunos de Física de 12º ano da Escola Secundária Padre António Vieira, em Lisboa.

O curso foi realizado recorrendo à plataforma e-learning Moodle da escola, que continha todos os documentos e referências necessários para o curso, permitindo aos alunos realizarem o curso de um modo autónomo.

O e-lab não pretende substituir o espaço físico do laboratório, mas sim servir como um complemento ao processo de ensino-aprendizagem. Este laboratório remoto possui como principais objetivos: (i) aumentar o interesse e a motivação dos alunos nas disciplinas científicas; e (ii) desenvolver nos alunos competências científicas.

O curso teve a duração de duas semanas e os seus principais objetivos são: (i) promover o ensino experimental das ciências no ensino básico e secundário e incentivar e estimular a pesquisa na escola; (ii) proporcionar aos alunos uma ferramenta de apoio ao ensino experimental no campo da Física e da Química, com base no potencial das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC); (iii) proporcionar um espaço de reflexão, a fim de implementar os métodos experimentais no estudo da Física e da Química; e (iv) explorar os ganhos de um trabalho integrado nestas duas áreas, através da utilização das TIC.

Os resultados obtidos foram bastante satisfatórios e o próximo passo será realizar um estudo-piloto com professores de Física e Química, antes da tentativa de massificação do curso.


Vodcasts como estratégia de aprendizagem: Uma experiência com alunos de Ciências Naturais (8ºano) e Geologia (12º ano)

Maria Elvira Monteiro (Agrupamento de Escolas de São João da Talha)

 No ano letivo de 2012-2013, integraram-se as tecnologias na disciplina de opção de Geologia do 12º ano como principal estratégia de aprendizagem. No ano letivo de 2013-2014 recorreu-se à produção de vídeos para apresentar os relatórios das visitas de estudo e do projeto curricular Horta Biológica dos alunos de Ciências Naturais do 8ºano. Além da produção dos vodcasts os alunos utilizaram a plataforma moodle e os e-portfolios como repositório, meio de comunicação e partilha de informação e ainda de debate nos fóruns.

Na perspetiva de um ensino ativo (Hatie, 2009) foi proposto aos alunos a exploração dos três temas do programa de Geologia do 12º ano através de trabalho de pesquisa e elaboração de apresentações multimédia em sala de aula, seguido de comunicações orais a realizar nas últimas semanas de aulas de cada período, antecedendo uma prova de avaliação escrita.

O principal objetivo da integração realizada, no 8º e no 12º ano, foi experimentar e analisar como podem ser usados os vodcasts, produzidos pelos alunos, para aprender os conteúdos da disciplina criando um ambiente de sala de aula ativo e fluido e em que cada um se sentisse à vontade para aprender, ensinar, cometer ‘erros’, gerir as tarefas e os tempos de modo responsável.

Os produtos finais dos vodcasts foram avaliados pela professora com base numa grelha com critérios analíticos, entre eles alguns dos princípios do multimédia (Teoria da Aprendizagem Multimédia de Mayer e a Teoria da Carga Cognitiva de Sweller, Ayres, & Kalyuga).

REFERÊNCIAS

Hattie, J. (2009). Visible Learning; a synthesis of over 800 meta-analyses relating to achievement. London: Routledge.

Mayer, R.(2009). Teoria cognitiva da aprendizagem multimédia in Ensino online e aprendizagem multimédia, G. L. Miranda, Org., Lisboa: Relógio d’Água Editores, pp. 207-237.

Sweller, J., Ayres, P. & Kalyuga, S. (2011). Cogntive load theory. New York: Springer.


Aplicações digitais no ensino da gravura, em Oficina de Artes

Manuel Moreira (Agrupamento Vertical de Escolas Belém-Restelo, Escola EB 2,3 de Paula Vicente)

 Com a evolução tecnológica e o aparecimento de meios digitais mais iterativos e de fácil utilização, estão abertas novas possibilidades que podem facilitar o processo de ensino-aprendizagem e que se adaptam mais facilmente às solicitações atuais do ensino e das necessidades dos alunos.

Este artigo tem como pretensão apresentar o trabalho de investigação desenvolvido no Agrupamento Vertical de Escolas Belém-Restelo, na Escola EB 2,3 de Paula Vicente, realizado no âmbito do Mestrado em Ensino das Artes Visuais da Universidade de Lisboa. Neste projeto, esteve envolvida uma turma do 9º ano do 3º Ciclo, da disciplina de Oficina de Artes, onde se exploraram novos métodos de gravura, menos tóxicos, aplicados ao ensino das Artes Visuais. Estes métodos seguem as tendências atuais da gravura contemporânea e de um novo paradigma ecológico, proporcionando outras abordagens na procura de novas linguagens ao nível da expressão plástica e da criatividade.

No processo de ensino-aprendizagem foram utilizados meios tecnológicos, como tablets e aplicações digitais direcionadas para o campo da gravura, e que se revelaram essenciais para a percepção e visualização de processos que implicavam uma maior abstração. De acordo com Huber (2011), a utilização destes meios no processo de aprendizagem, permitem aulas mais interativas e possibilitam uma melhor visualização de conteúdos onde os alunos revelam mais dificuldades. Ao mesmo tempo, permite um maior controlo no processo de avaliação e proporciona uma aprendizagem mais individualizada, direcionada às necessidades do aluno.

Neste sentido, um dos principais objetivos, da aplicação das tecnologias emergentes em contexto de aula foi: compreender de que forma estes novos meios se revelam eficazes no processo de ensino aprendizagem e de que forma contribuem para o sucesso das aprendizagens dos alunos.

REFERÊNCIAS

Hurber, S. (2012). IPads in the Classroom. A Development of a Taxonomy for the Use of Tablets in Schools. Books on Demand


A importância das histórias digitais no desenvolvimento da leitura de alunos com Necessidades Educativas Especiais

Célia Dionísio; João Azevedo (Agrupamento de Escolas das Olaias)

 Segundo Ricoy e Coutinho (2009) as TIC poderão constituir uma fonte de motivação externa, em âmbitos educativos formais. Neste sentido, propusemo-nos a criar histórias digitais com um aluno com Necessidades Educativas Especiais para o ajudar no desenvolvimento da leitura, principalmente na articulação das palavras e na auto-regulação da leitura.

A criação de uma história digital teve o objetivo de aproveitar a motivação do aluno para a utilização do computador, permitindo que este desenvolve-se competências ao nível da leitura, da ordenação das várias cenas das histórias e, particularmente, da articulação das palavras e entoação.

O processo de criação da história digital iniciou-se pela pesquisa de imagens relacionadas com cinco palavras-chave. Essas palavras-chave foram escolhidas tendo em conta vários casos de leitura difíceis de articular ou memorizar por parte do aluno. Após a escolha de várias imagens, iniciou-se a construção da história através de uma chuva de ideias. Concluída a história, seguiu-se a gravação da mesma. Nesta fase, o aluno demonstrou grande entusiasmo, um sentido crítico e de auto-regulação surpreendente, pois, por várias vezes foi o próprio aluno que quis repetir as falas, por achar que a entoação e/ou articulação das palavras não estava correta.

Foi notória a motivação e empenho do aluno ao longo de todas as fases de construção da história digital, contribuindo ainda para que este desenvolvesse competências comunicativas e linguísticas importantes para o seu desenvolvimento, visto tratar-se de um aluno com Perturbações do Espectro do Autismo.

 

REFERÊNCIA

Ricoy, M.; Couto, M. (2009). As tecnologias da informação e comunicação como recursos no Ensino Secundário: um estudo de caso. Lisboa: Revista Lusófona de Educação.


Uma avaliação zoom de red em manual multimédia… …para uma pedagogia multimédia

Dulce Franco; Esmeralda Santo (Agrupamento de Escolas da Grande Lisboa – CeIED – Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias )

 Se na literatura científica mais recente já se encontram estudos relevantes sobre o papel dos RED na construção de uma aprendizagem duradoura, por outro lado, não é consensual a sua influência no processo de ensino-aprendizagem.

Através de uma investigação qualitativa, desenvolvemos um estudo com 100 alunos em duas escolas da região da Grande Lisboa, onde procedemos à avaliação dos recursos educativos digitais (RED) de um manual multimédia de Português, em contexto formativo.

O instrumento de recolha de dados foi: inquérito por questionário. Posteriormente, analisaram-se os dados em programa de análise estatística. O preenchimento do questionário foi realizado online.

Constituíram-se como questões de partida: Como é que os alunos avaliam os RED? Em que medida é que essa avaliação dos alunos expressa as contribuições dos RED e as transformações do uso do manual multimédia?

Os RED são avaliados maioritariamente com nível Bom e a sua inclusão no manual estimula a autonomia e desenvolve a criatividade dos alunos. Os resultados evidenciaram a necessidade de aprofundamento nos campos de investigação em manuais multimédia e em RED, consequente ao nível de uma pedagogia multimédia.


O Blog de turma: Uma “janela para a sala de aula”

Margarida Belchior (http://anossaviagem20122016.blogspot.pt/ ; Escola EB1 “O Leão de Arroios”; Agrupamento de Escolas Luís de Camões – Lisboa)

As tecnologias, atualmente, são mediadoras das mais diversas práticas sociais em que participamos.

Nesta comunicação, refletirei sobre como um blogue foi mediador do trabalho de aprendizagem de uma turma do primeiro ano de escolaridade. Foi um instrumento que se tornou numa “janela” para a prática da sala de aula. A construção do blogue teve como objetivos: a valorização do trabalho de aprendizagem e mostrar de que modo também os alunos mais novos se podem tornar construtores do seu próprio conhecimento.

Nesta prática os participantes plenos foram os alunos e a professora, acompanhados dos “participantes legítimos periféricos”, os pais e a restante comunidade educativa (Lave e Wenger, 1991; Belchior, 2012).

Foi “uma viagem” muito inspiradora e desafiante, com as ferramentas tecnológicas sempre ao lado, que se tornaram artefactos tecnológicos imprescindíveis (computador portátil, telemóvel, acesso à internet), a par de todos os restantes artefactos que são utilizados numa sala de aula: os lápis de carvão e os lápis de cor, os cadernos, os livros, o quadro negro, … . Nesta “viagem” (metáfora que inspirou grande parte desta prática social) – um “mentefato” (um artefacto conceptual (D’Ambrósio, 2010) – houve o “cruzamento” com vários outros “mentefactos” que de tão naturalizados que estão, quase já nem damos por eles: o currículo formal, o projeto curricular de escola e o projeto pedagógico da professora.

O blog da “nossa viagem”, para além de ser uma janela para a prática de sala de aula, tornou-se uma memória coletiva da turma e um instrumento de comunicação com os pais.

REFERÊNCIAS

Belchior, M. (2013). Aprender na Sociedade da Informação e do Conhecimento – entre o local e o global – contributos para a Educação para a Paz. Tese de Doutoramento apresentada ao Instituto de Educação – Universidade de Lisboa.

D’Ambrosio, U. (2010). Artefatos e Mentefatos na Formação de Professores de Matemática: um retrospecto. Lagoas.

Lave, J., Wenger, E. (1991). Situated Learning. Legitimate peripheral participation. New York: Cambridge University Press.