As contribuições dos recursos tecnológicos da Khan Academy para a sala de aula
Renata Graça Aranha Boiteux
renata.boiteux@gmail.com
Orientador Professor Doutor Vítor Duarte Teodoro, Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (ULHT)
Nesta comunicação pretendemos apresentar o uso da plataforma online Khan Academy (KA) no cotidiano dos professores. Como doutoranda em Educação, tenho em curso uma pesquisa que se intitula “Gamificação da Khan Academy: Uma Proposta Mais Lúdica no Ensino da Matemática. A experiência de um projeto-piloto em Portugal”. Esta pesquisa tem terreno em 11 escolas da região Oeste que fazem parte de um projeto-piloto que objetiva inserir a KA no currículo português a fim de melhorar o ensino da matemática, com parceria da Direção-Geral da Educação (DGE), Fundação Portugal Telecom (FPT) e Educom – Associação de Telemática Educativa. No entanto, como as análises referentes a este grupo são ainda incipientes, não nos limitaremos a abordar este projeto. Pretendemos, antes, ampliar a visão dos professores sobre os benefícios que a tecnologia da KA possibilita à sala de aula. Na revisão de literatura, percebemos que alguns usos foram especialmente bem-sucedidos, nomeadamente, Sala de Aula Invertida e Rotação por Estações. A primeira refere-se ao método em que os alunos têm o primeiro contato com o conteúdo em casa por vídeo da KA e, em aula, exercitam, problematizam, discutem, tiram dúvidas; a segunda trata da dinâmica de sala de aula onde os alunos são divididos em estações, cada estação tem um objetivo a ser cumprido e, em determinado momento, os grupos trocam de estação. Também abordaremos a ideologia educacional de Salman Khan, fundador da KA, elucidada no livro “Um Mundo, Uma Escola” e concretizada, poucos anos depois, numa escola-laboratório em Montain View, na Califórnia, chamada Khan Lab School. Nessa escola, os alunos não são divididos por séries nem por idade, não fazem provas, convivem em uma imensa sala de aula com mais de 100 alunos onde alguns professores circulam prestando assessoria, cada aluno avança em ritmo próprio, não há férias obrigatórias, o horário escolar é estendido e os conteúdos obrigatórios são despachados em uma hora por dia – o tempo restante é dedicado a projetos escolhidos pelos próprios alunos. E, por último, abordarei o projeto-piloto português onde os professores fazem uso da KA de forma mais tradicional, mas não menos eficiente.