Sala 8 – Moderador: Vítor Lopes | Comunicações: CF3, CF6, CF9, CF12, CF15, CF18, CF21, CF24
CF3 – (Re)aprendizagem digital e envolvimento dos alunos: que caminho(s)?
Francisco José Matos Cristóvão
franciscojmcristovao@hotmail.com
Tempos particulares exigem respostas concretas. Numa perspetiva de que as TIC assumem um papel preponderante no desenvolvimento profissional docente, pretende-se, nesta comunicação de 5 minutos, guiar uma reflexão em torno do caminho que tem sido percorrido pelos docentes portugueses na realidade digital. Pretende-se, igualmente, tendo em mente a realidade que vivenciamos, apresentar sugestões de opções metodológicas para envolver, dentro das possibilidades, os alunos do século XXI.
CF6 – As TIC e a formação de professores, novas necessidades, novos desafios
Felismina Rosa Covas
minacovas@gmail.com
Mobilidade estatutária no CFAE Alentejo litoral. QAE de Grândola
Em tempos de Pandemia, abraçam-se novas e desafiantes realidades em todos os quadrantes da educação. Neste cenário, a formação contínua de professores não é excepção. Por este motivo, para mim, enquanto formadora acreditada pelo CCPFC, urge repensar, reinventar e refazer o trabalho com os professores em contexto de formação.
CF 9 – Se El@ nos confinar ao ClassDojo voltar
Ana Catarina Oliveira Galrinho Fernandes Samartinho
anasamartinho@agilpaes.pt
AE Gil Paes- Torres Novas
C – ClassDojo é uma plataforma de comunicação, intuitiva com diferentes funcionalidades, quer para alunos, professores e pais
O – Os alunos podem gravar vídeos, pintar, escrever e entregar trabalhos, nos seus portefólios
V – Verificam-se os trabalhos e podemos de imediato dar feedback ao aluno, deixando-os motivados para novas tarefas
I – Incentiva e desenvolve capacidades na utilização das TIC
D – Deixa que os pais acompanhem e colaborem nas atividades da sala de aula e no dia a dia dos seus filhos.
CF 12 – Desafios do ensino à distância no Colégio Santa Eulália
Vera Oliveira
veraoliveira@colegiosantaeulalia.pt
Colégio Santa Eulália
O ensino à distância, impulsionado pelas medidas de confinamento, apresentou um desafio a toda a comunidade escolar: professores, alunos e pais. Desde logo, se percebeu que seriam necessárias mudanças ao nível das dinâmicas, metodologias e recursos.
A turma de 2.º ano, da qual sou professora titular, estava já familiarizada com a plataforma Google Classroom, no entanto, a experiência que tinham era em contexto de sala de aula com a minha orientação. Com o ensino à distância, tornou-se necessário adequar as metodologias, pelo que as tarefas destinadas aos alunos passavam por questionário feitos no Google Forms, trabalho escrito, que era anexado sob forma de fotografia ou feito no Google Docs, e projetos desenvolvidos pelos alunos como reforço das aprendizagens. Houve sempre interação diária com os alunos, não só nas aulas síncronas mas também nos momentos assíncronos, facilitando, deste modo, a comunicação. No caso específico desta turma do 2.º ano, o balanço é francamente positivo, pois os alunos realizaram as tarefas propostas, participaram ativamente nas aulas síncronas, promoveram e desenvolveram vários projetos orientados e autónomos.
Creio que esta situação veio reforçar a necessidade de uma mudança no sistema de ensino a vários níveis, como por exemplo, uma maior flexibilidade curricular, o uso de meios tecnológicos como ferramenta de trabalho diária, ensino centrado no aluno, sala de aula invertida (também conhecida como flipped classroom), promovendo assim a autonomia dos alunos e um conceito de interatividade mais eficiente.
CF 15 – Aprendizagem virtual – um caminho desafiante
Marisa Lopes de Sousa
marisasousa@colegiosantaeulalia.pt
Colégio Santa Eulália
Ao longo deste terceiro período, tive uma experiência totalmente inesperada, mas inovadora. De repente, vi-me a dar aulas sem sair de casa. Vi-me a ensinar os meus alunos, sem lhes poder tocar, sem rabiscar os seus cadernos… Era simplesmente eu e um computador “mágico”, que me permitiu entrar em casa deles, olhar com atenção para os seus olhos e perceber as suas preocupações, dificuldades e satisfações. Um computador que, através da Google Classroom, me permitiu dar-lhes os “Bons dias”, fazer aulas de relaxamento (através do Google Meet), ensinar medidas de comprimento, medidas de área, frações… sem sair da minha cadeira do escritório.
Tive tantas dúvidas e receios de não conseguir ensinar daquele jeito que eles já estão habituados, um jeito que os torna únicos e especiais. Mas, com o passar do tempo, percebi que esse jeito individual e personalizado de lhes ensinar continuava a resultar. Cada trabalho criado, na Google Classroom, era analisado, comentado e partilhado de uma forma especial e específica para cada aluno. Cada comentário era único, cada trabalho recebido era analisado com pormenor e os alunos estavam ali, completamente conectados comigo à espera de aprender mais e mais… De repente, aquilo que à primeira vista parecia quase impossível, aconteceu de uma forma tão rápida e motivadora que, quando dei por mim, o ano letivo tinha terminado.
A maior satisfação que retiro desta experiência é, não só o desenvolvimento de um conjunto de competências que todos tivemos a oportunidade de ter, mas sobretudo a agilidade que os alunos obtiveram no uso dos recursos digitais, pois passaram eles próprios a construir a sua aprendizagem. A dada altura, eram eles que me davam dicas de outras potencialidades da Google Classroom. Eu lançava um desafio, mas eles conseguiam ir sempre mais além e isto é tudo o que um professor deseja… que o aprendiz aprenda mais do que aquilo que o seu mestre lhe possa ensinar!
CF 18 – SandSpace: desenvolvimento de uma APP durante e para a pandemia
Fátima Pais
fatima.pais@essl.pt
Agrupamento de Escolas Dr. Serafim Leite
Um grupo de alunos do curso profissional técnico de gestão e programação de sistemas informáticos do Agrupamento de Escolas Dr. Serafim Leite, em S. João da Madeira criou uma aplicação móvel que permite a utilizadores de 685 praias nacionais indicar os níveis de ocupação do areal, facilitando decisões a quem estiver em casa. Todo o processo for coordenado e desenvolvido já em contexto de confinamento.
CF 21 – Desafiar o presente, (re)inventar o futuro
Daniela Patrícia Nogueira Duarte
danieladuarte@colegiosantaeulalia.pt
Colégio Santa Eulália
O ensino a distância, imposto por um inimigo invisível, veio exigir à escola que se reinventasse, de forma a permitir aquilo que, quase parecia contranatura: levar a escola até às casas dos alunos, literalmente. Não fosse já o desafio dantesco, ainda teve de ser enfrentado sem o tão precioso tempo para refletir, preparar, discutir e experimentar as ferramentas digitais, que iriam passar a fazer parte desta nova realidade.
Felizmente, no colégio Santa Eulália, e sem nenhum poder sobrenatural de vidência, os alunos já tinham uma importante familiarização com as ferramentas digitais, que utilizam, diariamente, para aprender, a qualquer hora e em qualquer lugar. O Google Classroom foi, sem dúvida, a nossa nova sala de aula, o sustentáculo de todo o processo de ensino a distância. A familiarização dos alunos com esta ferramenta permitiu que se pudesse mergulhar, em tempo útil, no processo de aprendizagem. Tínhamos uma nova sala de aula, onde eram dados os bons dias, apresentadas as tarefas diárias, partilhadas as ideias, trabalhos, dúvidas, sentimentos e emoções, tal como se estivéssemos, de facto, numa sala de aula física. Os trabalhos e materiais criados, nesta plataforma, permitiram uma interatividade constante, um ensino personalizado, feedback dado em tempo real e, por isso, um desenvolvimento de uma autonomia crescente nos alunos, mesmo nos mais novos do 1.º ano, condicionados ainda pela falta de domínio total da leitura e escrita. Porém, com o avançar do tempo e devido ao facto da plataforma Classroom apresentar um nível de intuição aceitável, gradualmente, os alunos foram conseguindo libertar-se do apoio mais próximo da família e ser mais autónomos.
Os níveis de motivação elevaram-se, uma vez que o mundo digital vai muito ao encontro do gosto dos alunos, o que favoreceu uma maior implicação nas aprendizagens, com melhores resultados.
Este momento histórico, no contexto da instituição de ensino colégio Santa Eulália, veio comprovar que o caminho que já vínhamos a preparar, no sentido de tornar, progressivamente, o ensino mais tecnológico e adaptado ao tempo e aos alunos que temos, é o futuro que temos de continuar a seguir.
CF 24 – Aprendizagem invertida: uma mais-valia no Ensino @ Distância
Ana Pinho
anapinho@colegiosantaeulalia.pt
Colégio Santa Eulália
A nova metodologia de ensino à distância, a que todos estivemos sujeitos neste 3.º período, trouxe constrangimentos e duelos que todos tivemos de enfrentar. A mudança foi radical e, dadas as circunstâncias, não foi projetada. Não obstante, uma janela de oportunidades se abriu… a possibilidade de (re)inventar novas estratégias e utilizar recursos diferentes revelou-se um desafio para nós, professores.
No Colégio Santa Eulália, a utilização de recursos digitais não foi, de facto, uma novidade, dado que o uso do Google Classroom já era uma realidade. O que este momento excecional de isolamento social criou foi a intensificação da utilização dessa e outras ferramentas digitais, dado que se tornou a única via para chegarmos até aos alunos e das suas famílias.
No caso dos alunos do 4.º ano do 1.º ciclo, já bastante familiarizados e autónomos na utilização do Google Classroom, foi possível dar continuidade à dinâmica assumida em contexto presencial: um modelo de aprendizagem invertido, em que os alunos foram os atores principais do processo de ensino-aprendizagem. Foram encetados projetos individuais e de grupo, apresentações, investigações, debates e a produção de materiais criativos e diversificados, pelos próprios alunos. Escusado será dizer que esta dinâmica conferiu a cada aluno mais independência, estimulou o seu protagonismo e o seu papel mais ativo. Este é o futuro da educação!