Comunicação Convencional - TIC@Portugal'23 - Online
Por Maria Eugénia Ribeiro Garcia Baptista e Ana Rita Salgueiro Augusto, Agrupamento de Escolas Pêro da Covilhã – JI S. Silvestre
Os processos de transição vertical entre ciclos de ensino, neste caso da educação pré-escolar para o 1.º ciclo do Ensino Básico, devem ser pensados, intencionalmente, não só com o objetivo de transmitir às crianças uma visão positiva sobre a passagem, mas também com o objetivo de lhes proporcionar “oportunidades de aprendizagem que permitam […] desenvolver as suas potencialidades, fortalecer a sua autoestima, resiliência, autonomia e autocontrolo” (OCEPE; 2006:97).
A utilização de recursos tecnológicos como suporte para o desenvolvimento de competências é comum nas nossas salas de jardim de infância. A gamificação, neste caso com o robô SuperDoc, primeiramente explorada em contexto de pré-escolar, permitiu iniciar o processo de transição com o 1.º ciclo. Confiantes das suas capacidades e motivados para colaborar com os seus colegas no objetivo de descobrirem os caminhos que o robô iria fazer, as crianças do pré-escolar começaram a envolver-se e a familiarizar-se com o 1.º ciclo. Depois, em sessões continuadas entre as crianças dos dois ciclos de ensino e utilizando como mote a criação de histórias em ScratchJr, em pequenas equipas heterogéneas, o processo de transição continuou facilitando a articulação entre docentes, tranquilizando pais e crianças e permitindo que todas, independentemente do ciclo a que pertencessem, pudessem desenvolver “conhecimentos, capacidades e atitudes que permitem uma efetiva ação humana em contextos diversificados” (PASEO; 2017:9).